Comoção e sentimento de justiça marcam enterro de Alanna Ludmila

Acompanhamos, com pesar e respeito, o velório e enterro da menina Alanna, vítima de um crime brutal que chocou o Maranhão nos últimos dias

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Com muita comoção e revolta, familiares e amigos deram o último adeus à menina Alanna Ludmila na manhã deste sábado, dia 04. Aos dez anos de idade, a criança foi brutalmente assassinada, com sinais de asfixia e agressão sexual. Seu corpo foi encontrado nesta sexta-feira, 03, enterrado em cova rasa, coberto por entulhos, no quintal da própria casa da família.

 

O corpo da menina Alanna foi velado na Unidade Integrada Marly Sarney, no Maiobão, em Paço do Lumiar. Centenas de pessoas, dos vizinhos e amigos mais próximos aos curiosos sensibilizados com a perda, passaram pelo local. A família, no entanto, precisou lidar com a revolta de populares, causada pela divulgação de informações ainda não confirmadas pela Polícia e boatos espalhados pelas redes sociais.

Um cortejo seguiu o carro do Corpo de Bombeiros que levava Alanna do colégio onde o corpo foi velado até o cemitério da Pax União, na MA-204. Após a chegada da comitiva, uma corrente de oração uniu as vozes das pessoas presentes, que deram tom a um louvor cantado em homenagem à menina Alanna.

O momento foi rápido. A comoção, grande. A família de Alanna Ludmila permaneceu junta durante todo o trajeto que levou o caixão à sepultura, vestindo camisas em homenagem à menina que teve a vida tolhida tão cedo. No peito, familiares mostravam a foto de Alanna sorrindo, e a frase “Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos céus”, do Evangelho de Mateus.

Antes das 10h30, o caixão de Alanna já começava a ser enterrado. Em um dos momentos de maior comoção, Jaciane Pereira, mãe da menina, em prantos, falou que perdoa todas as pessoas que estão criando e espalhando boatos que associam a família ao crime. “O perdão é de Deus, e eu sei que minha filha está lá no céu, eu sei que Deus está abraçando ela agora, porque minha filha é um anjo”, disse.

Robert Oliveira, ex-padrasto de Alanna, é o principal suspeito de ter cometido o crime
Ao fim do sepultamento e num ato de conforto à família, os presentes cantaram novamente em homenagem à menina Alanna, desta vez a canção “Noites Traiçoeiras”. Durante toda a ocasião, o sentimento era também de busca por justiça. Os cartazes expunham a foto de Robert Serejo, ex-padrasto da menina e principal suspeito de ter cometido o crime, que foi encontrado no final da manhã deste sábado, 04.

 

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