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Amamentação x coronavírus: O que você precisa saber para proteger seu bebê

Com a pandemia, várias perguntas surgiram. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), bebês até seis meses de vida devem ser alimentados exclusivamente pelo leite materno e devem continuar recebendo até os dois anos de vida, com o acréscimo de outros alimentos. Mas como fica isso em tempos de coronavírus? Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a FEBRASGO, a amamentação continua e deve ser realizada normalmente, mesmo nos casos em que as mulheres apresentam suspeita ou confirmação da doença. 

“Tanto órgãos nacionais quanto internacionais incentivam que a mãe suspeita e a mãe confirmada para o Covid-19, desde que esteja em boas condições de saúde e for o desejo dela, deve amamentar”, pontua Cinthia Calsinski, mãe de Matheus, Bianca e Carolina, enfermeira obstetra, consultora de aleitamento, colunista da Pais&Filhos. A SBP justificou o posicionamento dizendo que ainda não há nenhum estudo que aponte a transmissão vertical do vírus, ou seja, da mãe para o filho, através do leite. 

Uma das pesquisas utilizadas para embasar a fala foi a publicada na revista científica “The Lancet” que avaliou mulheres grávidas infectadas. “Em seis delas, foi pesquisada a presença do vírus no líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, leite materno e swab da orofaringe (teste com cotonete estéril) do recém-nascido. Todas as amostras se mostraram negativas”, justificou a FEBRASGO. Ao que tudo indica os riscos de uma possível contaminação são muito inferiores quando comparados aos benefícios da amamentação. 

Como prevenir a transmissão durante o aleitamento?

Mesmo com os números, Cinthia não descarta o dever de tomar algumas medidas de cuidados extras:

Para as mães em geral

Para as mães com suspeitas ou contaminadas

Plano B: extração de leite

“Algumas mulheres podem se sentir vulneráveis, terem medo de transmitir para o bebê ou não estão em plenas condições de saúde. Nesses casos, a gente pode orientá-la a ordenha de mama e administração do leite para o bebê de outra maneira”, explica a enfermeira obstetra. Nessas situações, é importante ficar atento à confusão de bicos, porque o bebê vai usar uma musculatura para a mamadeira que não é mesma envolvida na amamentação, fazendo com que a sucção fique cada vez mais fraca e estimule menos a mama, levando a queda da quantidade de leite e entrando em um ciclo vicioso ruim.

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