𝐌ã𝐞 𝐩𝐚𝐭𝐚 đŸđąđ„đĄđš 𝐝𝐞 𝟏𝟎 𝐚𝐧𝐹𝐬 𝐞 đžđ§đ­đžđ«đ«đš 𝐝𝐞 đ©đšđ§đ­đš 𝐜𝐚𝐛𝐞ç𝐚 𝐧𝐹 đ„đąđ±ĂŁđš

VĂ­tima tinha 10 anos e, conforme a polĂ­cia, foi morta pela mĂŁe com ajuda do irmĂŁo adolescente.

Uma mulher de 29 anos estĂĄ presa desde a noite de sĂĄbado, em BrasilĂąndia, no leste de Mato Grosso do Sul, por matar a prĂłpria filha. Segundo a PolĂ­cia Civil, a mĂŁe contou que matou a menina de 10 anos porque ela acusava o padrasto de abuso sexual.

O irmĂŁo da vĂ­tima, de 13 anos, foi apreendido. Ele confessou que ajudou a mĂŁe a matar a irmĂŁ e que ela foi enterrada viva. “Ela pedia por socorro dentro do buraco”, disse o menino Ă  polĂ­cia.

A polĂ­cia soube do caso pela prĂłpria mĂŁe. Depois de ir trĂȘs vezes ao local do crime para constatar se a filha estava morta, a mulher procurou a delegacia de PolĂ­cia Civil e disse que a menina havia desaparecido apĂłs ter sido deixada por ela em uma praça com o irmĂŁo. Horas depois, ligou para a PolĂ­cia Militar e contou que havia matado a criança e queria se entregar.

Os policiais então foram ao encontro da mulher, ela falou sobre o que havia acontecido e levou os militares ao local do crime: um buraco perto do lixão do município. Lå, foi encontrado o cadåver da menina, enterrado de cabeça para baixo.

A Polícia Civil e o Conselho Tutelar foram informados e em conversa com o irmão da vítima, ele confessou que havia ajudado a mãe. Ele tinha arranhÔes nas pernas, o que fez com que fosse levantada suspeita sobre o envolvimento dele.

O adolescente contou aos policiais que a mãe derrubou a filha no chão e passou a enforcå-la com fio elétrico. Na versão do garoto, a irmã pedia por socorro para que não fosse morta. Em seguida, eles encontraram um buraco no chão e colocaram a vítima ainda viva, enterrando em seguida, ficando apenas os pés para fora.

Conforme a PolĂ­cia Civil, o mĂ©dico legista observou, no exame necroscĂłpico, que a vĂ­tima apresentava vĂĄrias lesĂ”es pelo corpo, indicando possĂ­vel ocorrĂȘncia de tortura. A causa da morte foi asfixia mecĂąnica por compressĂŁo do tĂłrax, compatĂ­vel com o relato do adolescente.

O garoto revelou ainda que a mãe ficou enfurecida porque a irmã havia dito que estava sendo abusada sexualmente pelo padrasto e prometeu matå-la caso continuasse falando sobre o assunto. Em seguida, ela chamou ambos para sair de carro e parou em uma estrada fora da cidade, onde iniciou as agressÔes e matou a filha.

A mulher manifestou o direito de falar apenas em juízo. Informalmente, disse aos policiais ter matado a filha em um momento de raiva, negando que a motivação fosse a revelação do abuso sexual praticado pelo padrasto.

A PolĂ­cia Civil identificou uma testemunha que relatou que a menina havia mencionado, no final do ano passado, ter sido vĂ­tima de abuso por parte do padrasto e que nĂŁo poderia revelar os professores ou para a polĂ­cia por medo de apanhar da mĂŁe.

A mulher foi autuada em flagrante por homicĂ­dio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vĂ­tima, crime praticado para ocultar outro crime; ocultação de cadĂĄver e corrupção de menor. Ela foi encaminhada para o PresĂ­dio Feminino de TrĂȘs Lagoas. Ela jĂĄ tinha passagens por trĂĄfico de drogas e furto.

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do padrasto da vítima, de 47 anos. Ele é apontado como suspeito de estupro de vulneråvel e investigado por eventual participação no homicídio e ocultação de cadåver da vítima.

O adolescente foi apreendido e serå recambiado para uma Unidade Educacional de Internação.