Avó de menina morta por mãe: “Só Deus pode julgar. Ela vai pagar”

O corpo da pequena Júlia, 2 anos, foi enterrado nesta sexta-feira (14/02/2020) em Padre Bernardo (GO), município goiano no Entorno do Distrito Federal. Durante o sepultamento, a mãe de Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21, pediu perdão em nome da filha acusada de assassinar a menina a facadas.

“Gostaria que vocês não julgassem as pessoas. Só Deus tem o direito de julgar e condenar. Eu estou sofrendo muito. Ela vai pagar pelo que fez”, destacou a merendeira Luciana Pires da Silva (foto em destaque), 37. “É um pedido de uma mãe”, acrescentou a mulher, que chorou copiosamente abraçada a um ursinho de Júlia.

Muito abatido, Giuvan Félix, 25, pai da menina, chorou muito durante o cortejo e não deu uma palavra. Permaneceu ao lado do jazigo, parecendo estar em choque. A família do recepcionista não se conforma com a barbárie. “Não foi por falta de aviso. Ela (Laryssa) tentou matar Júlia afogada em uma banheira e inventou uma desculpa que foi um acidente. Desde então, o Giuvan pediu a guarda da menina”, lembrou Elves Rodrigues de Oliveira, 30, tio paterno da menina. O episódio teria ocorrido há seis meses.

“Ele estava lutando pela guarda. Amava muito a minha sobrinha e dava para ela o que ele tinha e o que não tinha”, afirmou Elves, muito abalado. Ele diz que os esforços agora são para dar todo o apoio para Giuvan, que foi inocentado. “Temos que consolar e ver como ele fica. Não é fácil para um pai perder uma filha desse jeito. Ainda mais que ele presenciou tudo”, ressaltou.

Família despedaçada
Durante o velório, Giuvan se mostrou muito abalado e se ajoelhou ao lado do caixão branco de Júlia. A tia paterna do pai de Júlia, a dona de casa Maria dos Reis Rodrigues Araújo, 40, está inconformada.”Nós consideramos a Laryssa um monstro. Ela tem que pagar pelo que fez. O Giuvan também foi vítima dela. Nós temos certeza da inocência dele. O meu sobrinho não teve culpa”, assinalou.

Ainda segundo Maria, a família está despedaçada. “Vamos lembrar da Júlia como um bebê feliz que gostava de brincar e, principalmente, da vida”, disse. “Nós estamos sentindo a dor do meu sobrinho. Um menino muito carinhoso e sensível. A gente espera que ele consiga se levantar para cuidar da outra filhinha dele de 1 ano. Queremos que ela (Laryssa) o deixe viver e ter o luto dele em paz.”