Bebê de 1 ano morre afogado em banheira enquanto babá cozinhava

Um bebê de um ano morreu em Belo Horizonte após cair em uma banheira com água. O acidente aconteceu dentro de um apartamento no bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e tentou reanimar a criança. Mas o bebê não resistiu.

De acordo com testemunhas, a criança estava brincando quando caiu no vasilhame com água.

Segundo a polícia, um inquérito foi aberto para apurar o caso e as investigações seguem a cargo da 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro. A babá, de 46 anos, foi ouvida na Delegacia de Plantão do Bairro Alípio de Melo e liberada. Ela trabalhava na casa da família desde os primeiros dias de vida do bebê.

Acidentes domésticos

Ocorrências como a registrada no Buritis, infelizmente, não são casos isolados. No Brasil, conforme dados do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde, a principal causa de morte em crianças até 9 anos são acidentes domésticos. Dentre as principais motivações estão afogamentos, quedas, queimaduras e intoxicações. 

Mas esses acidentes podem ser prevenidos a partir de mudanças simples. O capitão Ranier Costa, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, alerta que, geralmente, os pais redobram a atenção quando estão na rua, mas acabam se descuidado dentro de casa.

Segundo ele, uma criança pode se afogar com apenas dois centímetros de água. E a explicação não é complexa. Primeiro é que a criança perde o equilíbrio e não consegue sustentar a cabeça, pelo membro ser mais pesado. “Outro fator determinante é que a criança entra em pânico e, com isso, não consegue reagir”, explicou o militar, que é comandante da 1ª Companhia Operacional do 3º Batalhão.

Por isso, o indicado é não deixar objetos com água perto dos pequenos e, no caso de banho ou de alguma brincadeira, como em banheiras e bacias, não desgrudar os olhos deles. Outro perigo envolvendo água é a possibilidade de escorregar e fraturar algum membro. Objetos que também possam provocar queimaduras e engasgamento devem ser afastados das crianças.

“Mas em caso de acidente, a pessoa deve ligar imediatamente para o 193 e pedir socorro. Quanto mais rápido for o atendimento, maior a possibilidade de vida”, ressaltou o capitão Ranier. Ele ainda recomenda que um vizinho seja acionado para ajudar no resgate. “Hoje muitas pessoas fazem cursos de primeiros socorros e podem ajudar até a chegada de uma unidade de resgate”, disse.

Confira algumas dicas:

Afogamentos: Para bebês e crianças pequenas, até baldes, banheiras e vasos sanitários podem oferecer riscos. Um adulto deve sempre supervisionar as crianças e adolescentes quando houver água, mesmo que saibam nadar ou que os locais sejam considerados rasos. É primordial cercar piscinas em casas onde há crianças.

Baldes e bacias: o simples fato de deixar peças de molho em baldes ou bacias também oferece risco. Isso porque a criança está em fase de aprendizado e a curiosidade é natural. O ato de inclinar o corpo para ver o que tem dentro do recipiente já oferece risco. Por isso, o recomendável é que esses recipientes não fiquem ao alcance das crianças.

Piscinas: piscinas em casas ou apartamentos devem ser bloqueadas com portões ou cercas. Além disso, elas devem ser cobertas com lona de material resistente. O uso da piscina deve ser sempre com a supervisão de um adulto.

Garrafas reutilizadas: sabe aquela garrafa de refrigerante? Nada de usar ela para colocar produtos de limpeza. A criança pode se confundir e acabar levando o frasco à boca.

Remédios: a farmácia da casa deve estar acessível apenas aos adultos e fora do alcance das crianças.

Brinquedos: Estejam atentos se todos são apropriados para a idade. O que não for, guarde e deixe fora do alcance da criança.

Gavetas: coloque travas em gavetas com objetos cortantes e outros que ofereçam risco. Isso vale, também, para objetos no quarto de estudo, como grampeador, clips, tampa de caneta e outros.

Tomadas: a criança é naturalmente curiosa. Por isso, todas tomadas devem ser bloqueadas com protetor, evitando, assim, que a criança coloque o dedo e receba descarga elétrica.

Queimaduras: Deve-se evitar cabo de panela voltado para fora do fogão, brincadeiras com álcool e fogo e também o uso de fogos de artifício.

Quedas: Não deixe cadeiras, camas e bancos perto de janelas; providencie antiderrapantes nos tapetes para evitar escorregões.