Recém-nascida foi encontrada por policiais e passou 6 horas debaixo da terra em Canarana. Internada há mais de um mês, ela teve alta e foi acompanhada por membros do MPE.
bebê indígena enterrada viva pela família em Canarana, a 838 km de Cuiabá, deixou o hospital nesta quarta-feira (10) e foi levada de avião para um abrigo naquele município. A menina ficou mais de um mês internada na Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá e teve alta na segunda-feira (9).
De acordo com a unidade hospitalar, a menina foi acompanha da representantes do Ministério Público Estadual (MPE).
O órgão havia solicitado à Justiça que a recém-nascida fosse levada para um abrigo. O pedido foi acatado pelo juzi Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível de Canarana.
O pai e mãe da menina, ambos menores de idade e de etnia diferentes, foram ouvidos pela polícia e manifestaram interesse em ficar com a criança.
A recém-nascida foi resgatada em maio deste ano. Segundo a polícia, ela chegou a passar 6 horas debaixo da terra.
A avó do bebê, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, e a mãe dela, Kutsamin Kamayura, de 57 anos, foram presas e teriam premeditado o crime.
Kutsamin alegou à polícia que enterrou a menina por acreditar que ela estivesse morta. As investigações apontaram que elas não aceitavam a criança pelo fato dela ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia.
As duas foram soltas e usam tornozeleira eletrônica por determinação da Justiça.
O Ministério Público Federal requisitou um estudo antropológico, que deve nortear a situação.