Carol Castro faz relato emocionante do seu parto normal e sem anestesia!

Carol Castro faz relato sobre parto três meses após dar à luz Nina

Em texto no Instagram, atriz explicou o motivo da espera pelo depoimento e contou ter nascido de novo após chegada da filha.

Três meses após o nascimento da primeira filha, Nina, Carol Castro fez um depoimento emocionante sobre o parto em sua rede social. Com o relato, Carol repetiu o feito de Sheron Menezzes e Juliana Alves, que como a atriz, deram à luz seus filhos após parto humanizado.

Carol iniciou o texto explicando que esperou a gestação externa (momento em que o bebê se desenvolve emocionalmente e fisicamente já no colo da mãe) para relembrar o parto.


“Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo…sem pudores, sem amarras”, relembra Carol, que disse ter renascido após a chegada da filha. “Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo”.

No fim do texto, Carol afirmou que em breve também fará um relato sobre o pós-parto. “Esse ciclo também precisa de uma atenção muito especial. É muito desafiador e delicado. Poucos falam sobre”.

Confira relato completo de Carol Castro:

“Esperei a exterogestação se concluir. O 1º ciclo se fechar. Para então, poder me permitir relembrar o parto. Tão intenso. Na minha concepção, leiga e visceral. Na minha experiência. O parto. Veio de partir. Ir embora. Porque Aquele velho eu. Aquele ‘eu-ainda-filha’ parte. Se vai, abrindo caminho para o ‘eu-Agora-Mãe’. Pode também ser ‘parto’ de partir ao meio. Ou por que não mesmo em pedaços? Porque, para se deixar ir, é preciso se partir em muitos estilhaços de quem já fomos um dia. E é isso que acontece. Deixamos de ser quem éramos, para dar vida ao novo que chega, e assim, renascemos junto”.

“Naquelas contrações infindáveis, acontece o grande encontro com a tal da dor. A tão temida, mas que nada mais é, do que um pouco de nós se esvaindo, abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo. Sim. É claro que dói deixar de ser.

Pra renascer é preciso partir, repartir, deixar doer. Pra então superar. Sair mais forte dessa experiência arrebatadora que é trazer uma vida pra esse imenso universo”.
“E é ali, naquelas horas de ‘partir’ que nos encontramos dentro da ‘caverna’. Naquele lugar primitivo só seu. Onde tantas mulheres antes de nós, já estiveram um dia. Onde a natureza foi divinamente feita para tal ato milagroso: o de dar à luz”.

“Depois de tantos meses de preparo, de construção, chega o grande dia de trazer ao mundo aquele ser que cresceu junto com você. A cada dia, a cada mês, dentro e fora. É chegada a hora. ‘O Boa hora’ que tanto escutamos! O instinto fala mais alto. E como numa dança, ele e a criança, bailam por entre os ritmos perfeitos do trabalho de parto. A cada contração e a hora, a grande e aguardada hora, está mais próxima. É nisso que precisamos focar, para chegar lá. Não é na dor, que, sim, é tamanha”.

“Ainda mais sem nenhum tipo de anestesia, mas assim, é melhor pra ela e pra mim. Que seja! E a cada contração, você se sente mais próxima. É uma a menos para ter seu bem maior nos braços. É como ouvi uma voz angelical* dizer em meu ouvido: ‘a dor é sua, é do seu tamanho. Você aguenta. Você foi feita pra isso’. *minha Doula-maravilhosa – Diana”.

“Eu falava com Nina o tempo todo! Estávamos conectadas. Juntas, naquela missão de chegada. A dela e a minha, como mãe. Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo: sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha. E me conectava com a escolha dela”.

“Lembro que ouvi alguém perguntando sobre a bolsa. E eu, num momento de lucidez dentro do transe, lembrei: meu Deus, a bolsa”.
“Ainda não tinha estourado e eu estava há algum tempo em trabalho de parto. Não tive dúvida: gritei bem alto ‘Vem Nina! Estoura essa bolsa e vem!’ Milagrosamente (ou coincidentemente pra quem não acredita), 2 segundos depois, a bolsa estourou. Tive certeza mais ainda de que estávamos muito unidas naquela dança da vida”.

“Nunca esquecerei do grito gutural que dei no momento em que ela chegou. Foi um ‘Vem filha’, ‘vem que estou te esperando’, ‘vem que quero te sentir nos braços’.”
“E assim foi. De mãos dadas com Felipe, a chegada dela.

O encontro da minha pele com a pele dela. Nosso primeiro contato fora da barriga. Foi mágico. Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E foi assim, que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha. Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo. Entre o cansaço e o alívio, a sensação de ter transbordado um amor em forma de Nina”.

 

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