Colestase: uma doença complicada e muito perigosa que pode ocorrer durante a gestação

Ataca no fígado, provoca coceira e suas consequências podem ser dramáticas! Ainda não ouviu falar sobre essa condição? Confira!

Já alguma vez de deparou com colestase obstétrica? Essa condição é tão estranha que a comunidade científica ainda não sabe bem qual a sua razão.

Supõe-se que seja de ordem genética, devido a um elemento que vai descompassar o metabolismo do fígado. Esse desarranjo vai resultar em uma concentração de sais biliares por todo o organismo. Quando esses sais se depositam na pele vão provocar coceira. Mas o pior que pode acontecer é chegarem na placenta.

PODE RESULTAR EM ESTRAGOS NOS VASOS SANGUÍNEOS, PARTO PREMATURO E ALGUNS OBSTÁCULOS QUE POSSAM IMPEDIR A CHEGADA DE ALIMENTO E OXIGÊNIO NO FETO.

Em casos mais extremos, de acordo com Eduardo Cordioli, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o bebê pode até morrer.

Os sintomas da colestase

Sendo que a colestase é mais comum no terceiro trimestre de gravidez em mulheres que usavam anticoncepcionais, é provável seja a sobrecarga de estrogênio a responsável por ativar a doença. O melhor indicador da colestase é a coceira, sobretudo se se intensificar durante a noite.

Não vale a pena gerar o pânico à mínima coceira! Essa coceira é muito característica. Começa na planta do pé e na palma da mão e vai-se espalhando pelo corpo. A pele pode ainda adquirir uma tonalidade amarelada. Urina e fezes claras, insônia, cansaço e má disposição são outros dos sinais a considerar.

Caso esse cenário lhe esteja soando familiar, está na hora de falar para o seu médico! Um exame de sangue vai permitir analisar elementos que vão revelar como o seu fígado se está comportando. As possíveis alterações em conjunto com os sintomas podem definir o diagnóstico. É natural, no entanto, que o seu obstetra queira jogar pelo seguro e prolongar a lista de exames para descartar outras possibilidades.

Mulheres mais propensas a contrariem colestase:

  • Grávidas de gêmeos;
  • Grávidas que se submeteram à fertilização in vitro;
  • Gestantes com mais de 35 anos;
  • Mulheres que descendam de povos dos Andes.

Uma vez que a colestase tenha sido confirmada e seu grau de severidade tenha sido determinado, a paciente deverá ser monitorizada de forma a garantir a segurança do bebê. Esse acompanhamento é feito através de exames de cardiografia, doppler e ultrassom. Esse problema, que pode acarretar consequências graves para o feto, em pouco parece afetar a saúde da mãe. O procedimento normal será a toma de medicamentos para atenuar a coceira e regularizar os sais biliares.

Para que o bebê nasça são e salvo, a norma é que o parto seja antecipado para a 37ª ou 38ª semana, desde que a gestante e o obstetra entrem em consenso. Apesar de em teoria essa doença poder colocar em perigo a saúde do bebê, com tratamento adequado não haverá impedimento para que a criança venha ao mundo cheia de força e saúde.

Compartilhe! Tem ainda muita gente que não conhece essa condição, de nome Colestase!