Os gêmeos que nasceram após a mãe ter morte cerebral completaram o primeiro ano de vida .
A festa foi realizada nesta terça-feira , em Curitiba, para comemorar o que há um ano parecia impossivel.
A mãe Frankielen da Silva Zampoli, tinha 21 anos, quando teve uma hemorragia cerebral. Ela esta va grávida de 2 meses, assim que foi constatada a morte cerebral, a família e os médicosdo Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, na região Metropolitana de Curitiba, decidiram mantê-la viva.
A gravidez foi monitora 24h por dia, durante 123 dias pela equipe médica, que precisa manter o corpo da mãe viva para os bebês pudessem se desenvolver.
O maior desafio, foi fazer com que os bebês sentissem o afeto da mãe que não podia dar. Então a família e equipe acariciavam a barriga, conversam, cantavam para os bebês.
Após o nascimento dos bebês, foram mais 3 meses até eles deixarem o hospital.
“Naquela UTI, quando eu tocava na barriga e via o corpo se mexer, eu sentia e via que ela batalhava junto conosco. Mas hoje eu olho pra eles, relembro de tudo que eu passei e todos os dias agradeço”, afirma o pai dos gêmeos, Muriel Padilha.
A avó materna, sempre acreditou no milagre.”Eu sempre vi eles grandes, sempre vi eles crescendo. Sabe, poder fechar os olhos e imaginar eles correndo pela casa assim. Se Deus fez um milagre ele não ia fazer só pela metade”, diz a avó.
“É como se ela estivesse aqui. Eu sempre digo que eles não substituem, mas preenchem o vazio. É um pedacinho do céu aqui comigo”, explica.
A festa teve participação de parentes, amigos da família, médicos, enfermeiros e também de gente desconhecida que se uniram para proporcionar a comemoração.
O médico Marcelo Machado, que participou da festa, era plantonista no hospital. De três a quatro vezes por semana, era um dos responsáveis por cuidar de Frankielen.
“Foi algo excepcional. Não tinha nada disso na história da medicina. Estou feliz em poder estar aqui na festa. Não moro mais aqui, mas estou de férias e vim prestigiar. Queria ver os gêmeos, que estão lindos”, afirma.
“Usamos muitos remédios no tratamento e a gente não sabia o que isso poderia trazer para os bebezinhos. Graças a Deus e ao trabalho de todos deu certo”, conta o médico.
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