Família faz ensaio de fotos com bebê que nasceu morta. AVISO: IMAGENS FORTES

O objetivo era eternizar o momento e deixar uma mensagem às pessoas, lembrando sobre a preciosidade da vida. O texto de Natalie Morgan emociona.

Natalie Morgan, uma mãe cuja filha já nasceu morta depois de 40 semanas e 6 dias de gestação, compartilhou sua trágica história nas redes sociais, com o objetivo de fazer com que pais percebam o quanto são valiosos os momentos que passam com as crianças.

O post publicado por Natalie em 11 de setembro já teve mais de 50 mil compartilhamentos. Nele, Natalie, que mora em Orlando, na Flórida (EUA), escreveu:
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“Haverá momentos em que seu filho vai gritar e chorar e você vai tentar fazê-lo dormir. Ou ele chorará mesmo em seus braços e você fará todo o possível para fazê-lo parar. Haverá noites sem dormir, várias trocas de fralda em questão de minutos, cuspe no seu cabelo, xixi na sua blusa, cocô em suas mãos e de novo – muitos gritos do bebê e provavelmente seus também. Toda vez que isso acontecer, toda vez que você se sentir frustrado e quiser fugir, lembre-se da minha história:

Natalie segurando a filha Eleanor (Foto: Facebook)

Minha doce, doce Eleanor Josephine nasceu dormindo no dia 11 de setembro. Fui dormir na noite do dia 10 e sentia que ela estava chutando dentro da minha barriga. Acordei, e ela não estava mais. Não conseguia achar a batida do coração dela no aparelho que tinha em casa. Eu sabia. Eu simplesmente sabia. Não queria… Quis estar enganada, mas eu sabia.

Continuo voltando para aquele momento. Aquele sentimento de sufocamento e a memória que me assombrará pelo resto de minha vida. Naquele momento, me senti encurralada, como se o teto fosse literalmente desabar em cima de mim. Não consegui respirar, gritei, atirei objetos, vomitei… E então um pedaço de mim morreu com ela. Eu não pude mudar nada. Meu corpo deveria mantê-la segura e, ao invés disso, matou-a. Ela tinha 40 semana e 6 dias.

Algumas horas depois fui para a sala de parto. Eles me ofereceram uma epidural, mas não pude aceitar. Eu precisava passar por aquilo. Precisava que a dor, agonia e miséria fossem o reflexo do que sentia em meu coração. Foi a coisa mais difícil que já fiz na vida. Lidar com as insuportáveis contrações, o corte… Sabendo que tudo aquilo era para nada. Eu estava tendo uma criança sem vida. Não haveria alegria no final para me ajudar a esquecer da dor. A dor, diferente da minha menininha, viveria para sempre”.

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Dias depois de publicar o texto, Natalie agradeceu as mensagens de apoio que recebeu. A maioria de pessoas que ela nem conhecia. “Minha dor não diminuiu, ainda sofro por minha filha e nada preencherá o vazio que ela deixou em meu coração”, escreveu Natalie. “Mas parece que Eleanor tocou muitas vidas em seu curto período na Terra, e por isso, sou eternamente grata”, escreveu.

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