A família que mora em Mauá, na região metropolitana de São Paulo, toda acabou entrando no mesmo sonho e era desejo de todos que Andreia pudesse ter outro filho.
O médico então explicou a família que Andreia só poderia ter um filho com Rogério, com a ajuda de uma “barriga solidária” ou útero de substituição.
A filha Jessica que acompanhava a mãe em todas as consultas então aceitou ser ceder a barriga para gerar o embrião de seu irmão.
Em novembro do ano passado, foram transferidos dois embriões para o seu útero (o sêmen é de Rogério e o óvulo de uma doadora anônima). A jovem fez o teste de gravidez alguns dias depois e deu positivo.
“Eu vi o sofrimento dela. A cada consulta, ela saía mais frustrada. Vi ali a oportunidade de provar o meu amor. Decidi gerar o bebê dela para realizar o nosso sonho, o meu de ter um irmão e o deles de ter um filho”, disse Jessica.
“É maravilhosa a sensação de saber que vou ter o meu tão sonhado filho, com a minha filha realizando esse sonho. Não tenho palavras para descrever o que sinto. Posso viver mil anos, e não conseguirei retribuir tamanho gesto. Estamos muito felizes!”, disse Andreia emocionada.
“Ela é uma menina de ouro. Pra falar a verdade, eu já tinha me conformado em não poder ser pai. Me casei com a Andreia mesmo sabendo que ela não poderia ter filhos. Eu nunca vou conseguir retribuir tamanho gesto de amor que a Jessica [minha filha do coração] está fazendo por nós”, afirma Rogerio.
“Quero que as pessoas saibam da nossa história, porque sei que muitas mulheres estão passando por dificuldades para engravidar, e muitas desconhecem o procedimento de útero de substituição [barriga solidária]”, explica Andreia.
Jessica está grávida de 11 semanas e seu irmãozinho vai se chamar Rafael. A família aguarda ansiosa a chegada do pequeno. “O amor vence barreiras. Eu e Jessica temos uma relação muito forte. Ela é minha amiga e companheira de vida”, comemora Andreia.