‘Humanamente é um milagre’, diz grávida baleada na cabeça na Baixada Fluminense – Mãe e filho vão para casa!

Doze dias após ser atingida por uma bala na cabeça, Michelle Ramos da Silva Nascimento, de 33 anos, falou sobre os momentos que passou em uma tentativa de assalto no dia 13 de janeiro em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ela classificou como milagre o fato de ter sobrevivido.

“Humanamente é um milagre”, destacou Michelle, emocionada. Ela trabalha como substituta de tabelião em um cartório, ainda está internada no Hospital Mário Lioni, em Duque de Caxias. Micheli receberá alta nesta quarta-feira (24), mas irá todos os dias a unidade para ver o filho, Antônio, que segue internado. A paciente agradeceu aos médicos e também agradeceu a Deus.

“Desde domingo eu o estou acompanhando diariamente. Eu ainda não peguei no colo, ainda não amamentei, mas estou na expectativa boa”, explicou Michelle.

Agora, ela sonha em cuidar do bebê, que nasceu de maneira prematura no Hospital Geral de Nova Iguaçu aos oito meses de gestação, depois que ela foi atingida pelo disparo. Outro sonha é amamentar o filho.

Ela definiu o carinho pelo filho como um “amor incondicional” e contou que ficou emocionada quando Antônio abriu os olhos e a viu.

Depois do disparo que a atingiu, Michelle revelou que sua consciência oscilava. Mesmo assim, ela se lembra de alguns flashes. “Eu me recordo da chegada à UPA de Bom Pastor, do tiro, da enfermeira Renata me recepcionando. E só”, destacou (veja o segundo vídeo).

Ela agradeceu as orações e a mobilização das pessoas para ajudá-la.

Perguntado sobre a violência e se continuará com sua rotina normal, o marido de Michelle e pai de Antônio, Wallace Araújo, contou que prefere pensar nos pensamentos positivos para a família.

“A mão de Deus ajuda. Opera milagres. Prefiro pensar na corrente do bem. O amor sobrepujou”, disse Wallace.

Processo de recuperação

O bebê Antônio já respira normalmente, se alimenta por sonda e não tem previsão de alta.

“A gente não tem como prever. Mas ele apresenta todas as funções esperadas para uma criança prematura com a idade que ele tem”, destacou Carlos Loja, um dos médicos responsáveis pelo tratamento de mãe e filho.

Daqui a alguns meses, Michelle terá que passar por uma outra cirurgia na cabeça. Ela apresenta uma dificuldade de coordenação em um dos lados do corpo, que a obrigará passar por um acompanhamento. O tiro que a atingiu saiu e não ficou alojado no cérebro.

Carlos Loja explicou que a recuperação de Michelle é surpreendente, tendo em vista o tiro na cabeça que sofreu no último dia 13. “Já é inusitado ela sobreviver. A recuperação dela como estamos vendo é praticamente um milagre. Nunca vi um caso desses aqui no hospital”, explicou.

 

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