Nicolina Newcombe, de 33 anos, e seu marido, Jamie, 27, ficaram completamente surpresos com a chegada de Tobias, que nasceu na semana passada com 6 kg, no Waikato Hospital, na Nova Zelândia. O recém-nascido pesa o equivalente a um bebê de três meses.
A parteira de Nicolina, Anneka Reid, que realizou seu parto, disse em entrevista ao jornal Daily Mail, que ele pareceria um “bebê de Hércules” e que nunca tinha visto uma criança nascer naturalmente daquele tamanho. “Eu lembro de olhar para a barriga de Tobias e achar bem enorme. Quando você segura ele no colo percebe que é muito pesado”, disse. s
Os pais disseram que ficaram surpresos com o tamanho da criança e tiveram que refazer o guarda-roupa para comprar peças maiores para vesti-lo. Eles acreditavam que Tobias pesaria igual ao seu irmão mais velho quando nasceu, ou seja, 4 kg.
“Acho que o fato de não sabermos sobre o tamanho dele foi, de certa forma, uma benção, pois se soubéssemos teríamos muita pressão para fazer uma cesárea”, disse a mãe. Nicolina ainda elogiou sua parteira por permanecer sempre calma durante o trabalho de parto. “‘Eu fiquei bem e forte o tempo todo. Não precisei de anestesia”, revelou.
A diabetes gestacional é um dos motivos para o bebê ganhar bastante peso durante a gravidez. Mas esse não foi o caso de Nicolina. Então, os médicos acreditam que o tamanho da mãe, 1,75 centímetros de altura, tenham contribuido para o bebê nascer tão grande e pesado.
É claro que a genética tem papel fundamental, mas as condições maternas, como nutrição, estado da placenta, doenças, como diabetes e hipertensão, uso de drogas ou tabagismo durante a gestação, entre outros, também exercem influência nas medidas do bebê.
Recém-nascidos com mais de 4 quilos são considerados macrossômicos e, em geral, os principais fatores que levam ao peso elevado seriam a obesidade da mãe e o diabetes gestacional. Esses bebês merecem atenção na maternidade e precisam de monitoramento frequente nas primeiras horas de vida, já que podem ter hipoglicemia, que é uma queda de açúcar no sangue. E o risco vai além: obesidade infantil, desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, além de doenças vasculares crônicas podem surgir a médio e longo prazo em bebês que nascem grandes demais.
Para evitar problemas assim, é fundamental que a mulher faça o pré-natal correto, controle o peso e mantenha uma alimentação equilibrada.
Fontes consultadas: Louise Cominato, endocrinologista pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, e Marcelo Amaral Ruiz, endocrinologista pediátrico e membro do comitê científico da Sociedade Paulista de Pediatria