Mãe de bebê de 3 meses que morreu atropelada fala sobre a perda e revela que não quer mais voltar para casa

A jovem que perdeu o bebê de 3 meses, morto em um atropelamento em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, na última sexta-feira, não quer mais voltar para o apartamento onde vivia com a mãe dela. Segundo o produtor musical Alex Rodrigues, de 49 anos, que é pai de Daphine Barbosa, de 21 anos, a família está toda muito abatida, mas sua filha está inconsolável.

Daphine estava com a bebê Atonella no colo quando foi atropelada por um carro cujo motorista não parou nem para prestar socorro. Mãe e filha tinham acabado de sair do condomínio na Rua Vicente de Lima Cleto, no bairro Nova Cidade.

Testemunhas contaram que ela estava na calçada quando foi atingida. O caso está sendo investigado pela 72ª DP (Mutuá). De acordo com a Polícia Civil, o carro já foi identificado e “todas as diligências de polícia judiciária estão em andamento para que o caso seja resolvido com a maior brevidade possível”. Enquanto o motorista não é localizado, parentes de Daphine pedem Justiça.

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— Acredito que ele nem vá ficar preso, a Justiça é muito falha. Me fogem as palavras, desculpe. Antonella foi minha primeira neta. A gente ficou muito abalado, mas agora nossa esperança é que esse irresponsável seja colocado atrás das grades. Um cara desses não pode estar nas ruas — afirmou Alex ao EXTRA nesta segunda-feira.

O pai de Daphine disse que ela está agora na casa da avó, onde está sendo cuidada também pela mãe.

— O quarto da Antonella é a coisa mais linda do mundo, mas a Daphine não tem coragem de entrar no apartamento. Ela disse que nunca mais quer voltar lá — disse o produtor musical.

Ainda segundo Alex, a família é muito alegre, mas enfrentou dificuldades no último ano depois que o irmão de Daphine infartou aos 23 anos.

— A Daphine perdeu o irmão no ano passado. A Antonella veio para confortar nosso coração.Está todo mundo muito abatido. A gente não sabe por onde começar. Isso acabou com a família totalmente, mas a gente está com esperança de que a polícia encontre o motorista — frisou. —Nenhuma vida substitui a outra, mas fica a esperança, que ela recomece a vida dela. Sei que ela vai ter filhos, é preciso tocar a vida pra frente — acrescentou.

Antonella chegou a ser socorrida pelos bombeiros, mas, no caminho ao Pronto Socorro Infantil de São Gonçalo, não resistiu aos ferimentos e morreu na ambulância. A mãe, por sua vez, foi para o Hospital Alberto Torres, segundo Luiz Rodrigues, de 43 anos, um familiar que a ajudou minutos após o incidente. Daphine recebeu alta no dia seguinte ao atropelamento.

— Quando cheguei, o motorista já tinha evadido. As pessoas que viram o acidente disseram que o atropelamento aconteceu quando elas estavam na calçada. Daphine tinha saído do condomínio. O carro as pegou fora da pista. A criança estava embaixo de um caminhão que estava estacionado no local. Ela foi arremessada e caiu de bruços. A Daphine estava caída também, dei atenção a ela quando cheguei e a acompanhei ao hospital — disse Luiz.

O parente contou ainda que a mãe de Antonella sofreu ferimentos na cabeça, nas pernas e nos braços. Segundo Luiz, ela passou por cirurgia na cabeça. A menina, que era a primeira filha de Daphine, morreu em devido a um traumatismo craniano, de acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo.

 

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