Condição afeta aproximadamente 1% dos recém-nascidos e ocorre devido a uma mutação nas células produzidas na crista neural ainda no embrião
A mancha que cobre quase todo o rosto da pequena Luna Tavares Fenner, nascida no último dia 7, surpreendeu sua mãe, Carolina Fenner, que não tem casos semelhantes na família. A condição, de fato, é rara. Chamada de nevo melanocítico congênito, ela afeta aproximadamente 1% dos recém-nascidos e ocorre devido a uma mutação nos melanócitos (células produzidas na crista neural ainda no embrião).
A criança ficou internada por uma semana num hospital da Flórida, nos Estados Unidos, onde sua mãe vive há sete anos. Após uma série de exames de ressonância magnética, os médicos constataram que a marca na pele de Luna não correspondia a um câncer.
No entanto, ainda que seja possível conviver normalmente com o nevo, sem apresentar doenças, existe o risco de ele se transformar em melanoma. Segundo especialistas, quanto maior for a pinta, maior é essa possibilidade. Por isso, Carolina explicou que optou por retirar o nevo cirurgicamente, e devem ser realizadas várias intervenções.
— Decidimos fazer as cirurgias por que a mancha no rosto dela é muito grande e tem risco de se tornar um melanoma. A exposição ao sol também pode contribuir para isso. Esse foi o principal fator. E ainda tem a questão do psicológico dela. Sabemos que ela poderia sofrer bullying na escola quando for mais velha, por exemplo.
Ela disse ainda que esses procedimentos devem começar quando a menina completar seis meses. Até lá, decidiu divulgar a condição com a qual a filha nasceu por meio de um perfil no Instagram chamado @luna.love.hope, com palavras em inglês referindo-se a “amor” e “esperança”, respectivamente.
— Começamos a fazer uma campanha de conscientização e já tiveram algumas pessoas que nos enviaram fotos com os rostos pintados, imitando a mancha da Luna — afirmou Carolina.
Como os procedimentos costumam custar pelo menos US $ 50 mil, de acordo com a mãe de Luna, a divulgação ajudará posteriormente a captar recursos para bancar as cirurgias.
“Eu quero que o mundo inteiro saiba mais sobre Nevus e, principalmente, aprenda a não agir com indiferença ou com preconceito só porque acha que alguma coisa ‘não é normal’ no seu ponto se vista”, escreveu a mãe na rede social.
— As cirurgias são muito caras e ela deve passar por elas até os 3 anos. Já fiz o pedido pelo plano de saúde, mas ainda não sabemos se o plano vai cobrir todos os custos.