Mãe é flagrada arrastando saco de lixo com bebê após jogá-lo do 2º andar em SP; VÍDEO

Médica legista que avaliou o bebê explicou que ele nasceu vivo, tinha mais de 38 semanas de gestação e morreu por asfixia, e não pela queda.

Câmeras de monitoramento mostram a jovem que arremessou o bebê do 2º andar de um condomínio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, arrastando o saco de lixo com o corpo do recém-nascido antes de colocá-lo na lixeira do prédio.

O caso ocorreu na manhã de quinta-feira (18), em um condomínio na Rua Jamil Issa, na Vila Caiçara. Nos vídeos [veja acima], é possível ver o momento em que o saco de lixo é arremessado pela janela do segundo andar. Depois do bebê ter caído no mezanino do edifício, a mãe arrasta o saco até o elevador, e depois passa por corredores do prédio. A jovem fez todo o percurso com o recém-nascido enquanto estava com o outro filho de um ano e quatro meses no colo.

Segundo a Polícia Civil, ela deixou o saco com o bebê na última lixeira do prédio, e testemunhas viram rastros de sangue no local. A auxiliar de serviços gerais Cristiane Pereira Campos Silva, de 45 anos, que encontrou o corpo da criança, contou que viu a poça de sangue antes de comunicar o zelador do edifício.

A mulher foi autuada em flagrante por crime de infanticídio, como informa a polícia, mas a Justiça determinou alvará de soltura, e ela deve responder em liberdade. A jovem permanece internada no Hospital Irmã Dulce, onde alegou de forma informal que o saco de lixo com o corpo do bebê teria caído da janela do apartamento por um acidente.

A delegada titular Lyvia Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande, que requereu a decretação da prisão preventiva da suspeita, conta que a jovem ainda passará por exames de psiquiatria. De acordo com Lyvia, se os resultados indicarem que ela estava em puerpério, estado alterado de ânimo logos após o parto, ela deverá responder por infanticídio. Entretanto, caso os exames mostrem um estado perfeito de consciência, a jovem pode responder por homicídio.

A delegada afirma que a médica legista que examinou o bebê explicou que ele nasceu vivo, tinha mais de 38 semanas de gestação e morreu por asfixia, e não pela queda. Ainda não há como definir se a asfixia foi causada pelo fato do bebê estar dentro do saco de lixo, mas ele não tinha marcas no pescoço.

Entenda o Caso

O bebê recém-nascido foi encontrado por uma funcionária do prédio na manhã desta quinta-feira (18). A auxiliar de serviços gerais relata que viu um saco de lixo estranho dentro da lixeira. “Vi um saco estranho. Tinha muito lixo em um balde só e a sacola estava separada. Quando eu levantei a sacola, vi muito sangue, ainda estava meio morno”.

A funcionária chamou o zelador, que a ajudou a abrir o saco, onde encontraram o recém-nascido. No momento eles acionaram a Polícia Militar, que acreditou que o bebê era um feto e comunicou a Polícia Civil para realizar a ocorrência. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também compareceu ao local.

O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e a mãe está internada no hospital Irmã Dulce. Conforme informou a Polícia Civil, a indiciada demonstrou serenidade ao relatar os fatos e não apresentou arrependimento, mantendo-se calma durante os questionamentos.”Pelos relatos, ela tinha muito medo que a mãe viesse a descobrir da gravidez”, explica a delegada.