Menino de 3 anos baleado em casa é enterrado em São João de Meriti, RJ

Vitor Gabriel completaria 4 anos no 1 dia de 2018. No enterro, parentes da criança estavam inconsoláveis. Rins do menino foram doados para duas pessoas.

Foi enterrado neste sábado (4) o menino Vitor Gabriel, de 3 anos, atingido na cabeça por uma bala perdida dentro de casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A criança foi baleada no último dia 30 e, dias depois, teve a morte cerebral constatada.

Vitor foi enterrado no Cemitério São Lázaro, também no município. Parentes e amigos do meninos, inconformados, choravam muito e perguntavam várias vezes “por quê?”.
“É complicado porque as estatísticas só aumentam. A quantidade de pessoas baleadas só cresce. A gente não sabe de onde partiu o tiro, se foi policial ou bandido, mas para mim quem fez isso é bandido de qualquer forma”, declarou
Anderson é um dos dois irmãos que Vitor tinha por parte de pai. O menino também tinha outros três irmãos por parte de mãe.

Vitor foi baleado enquanto brincava na sala e os familiares não sabem dizer se havia alguma operação policial na região no dia em que o menino foi atingido. A criança completaria 4 anos no dia 1 de janeiro.
Doação de órgãos
Após ter a morte cerebral confirmada na quinta-feira (2), a família do menino decidiu fazer a doação de órgãos. Médicos do programa de transplantes da Secretaria Estadual de Saúde captaram no início da tarde desta sexta os rins de Vitor em cirurgia no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os rins foram doados para duas pessoas diferentes que não tiveram a identidade revelada.

Segundo a secretaria estadual de Saúde, a equipe médica do PET que participou da cirurgia realizou uma avaliação clínica do paciente, que incluiu exames laboratoriais e análises de compatibilidade, e decidiu não fazer a captação dos outros órgãos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a doação de órgãos de crianças é menos frequente, pois apresenta alguma complicações e porque há menos crianças na lista de transplantes. Dessa forma, normalmente é mais difícil encontrar um receptor compatível.

A mãe de Vitor, Adriana Maria Leite Matheus, disse decidiu doar os órgãos para tentar salvar outras vidas.
“Pelo menos vai salvar outras vidas, que eu sei que as filas de espera são grandes. Infelizmente eu não sei como vai ser a minha vida daqui para frente sem meu nego. Só Deus sabe”, disse.

 

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