‘MEU BEBÊ NASCEU COM 23 SEMANAS E FOI DIFÍCIL AMÁ-LO POR CAUSA DE SUA APARÊNCIA’

A mãe Hoda Parry deu um depoimento muito sincero sobre a como foi a luta pela vida de seu bebê

Se tivesse vindo ao mundo uma semana antes, o nascimento do pequeno Flynn Parry, da Inglaterra, teria sido considerado pelos médicos um caso de aborto espontâneo. Isto porque este bebê nasceu extremamente prematuro, com apenas 23 semanas de gestação.

Quando nasce ele pesava apenas 498 gramas e tinha 28 centímetros. “Quando ele nasceu, os médicos me disseram que só um em cada seis bebês desta idade conseguiam sobreviver a primeira noite e mesmo se ele sobrevivesse esta noite, ele ainda teria apenas 50% de chances de sobreviver mais pra frente”, recorda-se a mãe Hoda Parry em entrevista ao jornal britânico DailyMail.

O pequeno foi enrolado em um plástico bolha pelos médicos para recriar o ambiente quente do útero e ficou na incubadora. E ele conseguiu sobreviver à noite. E todos os outros dias e noites que vieram. Hoje, ele é um bebê saudável de 15 meses e quase não tem complicações por causa da prematuridade.

O único efeito duradouro de seu parto prematuro tem sido um dano nos olhos, por causa do tempo que ele passou na incubadora, o que pode significar que ele vá precisar de óculos no futuro.

Mas para chegar até este momento de alegria, seus pais e o pequeno Flynn passaram por uma longa batalha. Hoda admitiu que nos primeiros dez dias teve dificuldades para criar laços com seu bebê por causa de sua aparência. “Eu não consegui amá-lo nos primeiros 10 dias após seu nascimento. Ele era muito pequeno, eu achava que ele parecia um alien ou um filhote de pássaro”, disse Hoda em entrevista ao jornal britânico DailyMail.

A bolsa de Hoda se rompeu quando ela estava com 22 semanas de gestação. “Eu estava a caminho do trabalho quando voltei para casa porque havia esquecido uma coisa. Quando entrei em casa senti um molhado nas calças. Fiquei confusa, achei que tivesse feito xixi nas calças. Mas então minha mãe viu e disse que minha bolsa havia rompido. Eu liguei para a emergência e fui de ambulância pro hospital”, recorda-se Hoda.

Ao chegar no hospital, os médicos fizeram uma série de procedimentos em Hoda para tentar atrasar o parto o máximo possível .Ela ficou internada, mas com 23 semanas, no dia 13 de fevereiro de 2016, seu bebê acabou nascendo.

Durante todo o período que ficou internado, o pequeno Flynn enfrentou uma série de complicações. Ele teve que lutar contra uma infecção generalizada, precisou passar por uma cirurgia nos olhos com 13 semanas de vida e por uma cirurgia de hérnia com 17 semanas de vida.

Ele também teve suspeita de ter uma enterocolite necrosante neonatal, doença gravíssima caracterizada pela necrose de parte do intestino. “Por sorte ele não teve isso, meu filho é um verdadeiro guerreiro, todos os bebês prematuros são pequenos grandes guerreiros”, disse Hoda.

A criação do vínculo entre mãe e filho

Apesar de ter encontrado dificuldades para criar um vínculo com seu bebê no início, com o passar do tempo o amor de Hoda pelo filho foi crescendo. E tudo ficou ainda mais especial quando ela pode segurar o filho no colo. “Eu amei poder tê-lo em meus braços, foi maravilhoso”, disse Hoda.

Flynn pode deixar o hospital em junho de 2016. “Sentimos tanto orgulho do nosso filho e das batalhas que ele venceu quando deixamos o hospital. Meu filho é fantástico. Quero que a história de superação do meu filho dê esperança a outros pais de prematuros, vocês conseguem passar por isso”, concluiu Hoda.

Ainda não se sabe o que causou o parto prematuro de Hoda, mas se ela engravidar novamente, terá que ser monitorada pelos médicos, a fim de evitar um novo parto prematuro.

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