“MINHA BEBÊ MORREU APÓS MÉDICO DE HOSPITAL NO RIO SE RECUSAR A FAZER CESÁREA”

Veja a seguir o triste relato da mãe Ana Caroline Nogueira que perdeu sua bebê com 33 semanas

A mãe Ana Caroline Nogueira afirma que passou por uma situação de negligência médica que resultou na morte de sua bebê Rebeca, com 33 semanas de gestação.

Um médico se recusou a realizar uma cesárea de emergência em Ana Caroline o que fez com que sua bebê falecesse e Ana ficasse em estado grave. O triste caso ocorreu no Rio de Janeiro no Hospital Herculano Pinheiro.

Veja a seguir o triste relato desta mãe sobre o que ocorreu:

“No dia 02/10/2017 cheguei na maternidade Herculano Pinheiro com sangramento. Só fui pra essa maternidade porque era a mais próxima de onde eu estava, pela minha vontade não gostaria de ter minha filha ali, sempre tive medo dessa maternidade. Os médicos que me atenderam primeiro fizeram todo meu prontuário e eu fiquei esperando uma hora e meia até eles acabarem ao em vez de ter me socorrido logo, pois eu estava perdendo muito sangue. Depois de uma hora e meia me levaram para a sala de pré-parto, me deram medicações para segurar o bebe, pois eu estava com 7 meses.

Na madrugada eu já totalmente fraca pedi ao médico que fizesse a cesariana em mim, pois eu já não estava mais aguentando e já estava sentindo que eu e minha filha iríamos morrer! E ele me respondeu ironicamente mexendo no celular que não ia fazer cesárea porque eu só estava com 33 semanas de estação. Então fiquei de 22:30h até às 08:00h da manhã sentindo dores fortes de contrações umas atrás da outra e sangrando absurdamente.

Quando amanheceu o dia que o plantão mudou, chegou uma médica enviada por Deus e ouviu os batimentos cardíacos do coração da minha filha e correu para fazer a cesárea tentando salvar minha Rebequinha…. mas ao abrir minha barriga em questão de segundos já era tarde, minha filha nasceu morta!! Vi eles tentando fazer a vida dela voltar, aquela correria e eu ainda sendo operada não sabia que eu corria risco de perder meu útero, mas me veio duas noticias. Umas delas foi: Ana, fizemos de tudo, mas ela não resistiu. Foi a pior noticia que já ouvi em toda a minha vida, fiquei em estado de choque totalmente sem chão…. E a outra notícia que ouvi foi: Ana, conseguimos recuperar o seu útero para que você possa ter outros filhos, pois ele tinha parado de contrair e ia precisar retirá-lo!

Saindo da mesa de cirurgia tive que fazer transfusão de sangue, fiquei com hemoglobina muito baixa.

Chegamos a fazer o enterro da nossa filha, pois já era um bebé com mais de um quilo e meio. E eu infelizmente não pude estar presente no enterro da minha preciosa Rebeca, pois estava sendo medicada com antibióticos na veia, pois devido à quantidade de sangue que perdi peguei uma infecção no útero.

Mas consegui pega-la no colo, sentir sua pele macia e cheirosa, abracei demoradamente ela, beijei, vi cada detalhe do seu rostinho lindo, perfeito, toda peluda nem parecia ser prematura e ali foi nosso ultimo contato….

Minha bebê não sobreviveu devido a DEMORA deles para fazer a CESÁREA, já que ela estava querendo nascer a qualquer custo, no meu estado eles tinham que fazer uma cesárea de imediato e como ela entrou em sofrimento sendo asfixiada pelo sangue, faltando oxigênio no cérebro, creio que Deus não permitiu que ela vivesse, pois sabia que provavelmente seria uma criança com deficiência e sequelas para o resto da vida devido a negligencia dos médicos incapacitados para estar na área da saúde, então Ele com certeza fez o melhor de leva-la com Ele! É Isso o que nos consola…”

Denúncias contra o hospital

Após esta terrível perda, Ana Caroline afirma que o hospital não tomou nenhuma atitude em relação ao médico que a atendeu. Ela decidiu que irá entrar com uma ação na justiça contra o hospital e o médico. “Irei processar, pois eu quase fui a óbito de tanto sangue que perdi e não tenho mais minha Rebeca aqui. Eu já denunciei por telefone para vários órgãos públicos da saúde… aonde eu puder irei denunciar!!! Só não consegui abrir o B.O (boletim de ocorrência) porque o hospital tem que me entregar um papel que falta que se chama anexo 1. E não consigo pegar com a pessoa que entrega; e o policial disse que só tenho como abrir esse boletim com esse anexo 1”, explicou Ana Caroline.

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