Morre Paulinha Abelha, da Calcinha Preta, aos 43 anos – Veja tudo o que se sabe até agora

A cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, morreu nesta quarta-feira (23), aos 43 anos, em Aracaju. Ela foi internada no dia 11 de fevereiro, com problemas renais.

A artista morreu às 19h26 em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico, segundo nota divulgada pela assessoria de comunicação do Hospital Primavera.

Paulinha Abelha foi internada após sentir dores, logo depois de ter chegado a Aracaju depois de uma turnê com a banda, em São Paulo. Dias depois, o caso evoluiu para um coma profundo.

A artista a estava internada no Hospital Primavera desde o dia 17 de fevereiro, sob os cuidados de equipes médicas de terapia intensiva, neurologia e infectologia (leia abaixo mais detalhes sobre a internação).

Nas últimas 24 horas, segundo nota divulgada pelo hospital, Paulinha teve agravamento de lesões neurológicas. A morte encefálica da cantora foi confirmada após exames clínicos específicos.

O corpo vais ser levado para uma central de velórios onde vai ser preparado e o velório vai ser realizado no Ginásio Constâncio Vieira, na capital, e será aberto ao púbico. O horário de início ainda não foi divulgado.

Os amigos se mobilizaram em uma campanha de doação de sangue para a artista, que passava por hemodiálise.

Correntes de orações foram realizadas durante dias por fãs em frente aos hospitais em que ela ficou internada, mas Paulinha não resistiu.

Questionada sobre possíveis sequelas, a equipe médica que a acompanhava disse em entrevista coletiva na terça-feira (22) que o maior desafio era “mantê-la viva”.

Veja a cronologia da internação:

  • 11 de fevereiro – A cantora Paulinha Abelha foi hospitalizada em Aracaju depois de chegar de uma turnê com a banda Calcinha Preta em São Paulo. A internação foi para tratar de problemas renais, mas a causa não foi divulgada;
  • 14 de fevereiro – O quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI. A partir daí, passou a fazer diálise;
  • 17 de fevereiro – O boletim médico desse dia informou que Paulinha estava em coma e, por causa da instabilidade neurológica, não tinha condições clínicas suficientes para a transferência. No fim da noite a situação mudou e ela foi transferida para o Hospital Primavera, na Zona Sul de Aracaju, para fazer novos exames renais;
  • 18 de fevereiro – O boletim médico informou que a artista permanecia em coma, clinicamente estável, com quadro de infecção controlado e respirando com o suporte de aparelho. A assessoria da cantora disse ainda que estava descartada a possibilidade de morte cerebral, e que naquela tarde ela passaria por mais uma sessão de hemodiálise. Segundo a assessoria, Paulinha estava sendo submetida a um novo tratamento, que só deveria apresentar resposta em 72 horas. Com relação à transferência para hospital de outro estado, a assessoria informou que não havia previsão de quando poderia acontecer;
  • 19 de fevereiro – No fim da manhã do sábado, novo boletim informava que após a investigação com exames complementares, foi afastada a possibilidade da cantora estar com “doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade”. O documento não trouxe mais detalhes sobre quais doenças seriam essas. À noite, os médicos informaram que ela estava intubada e em coma persistente;
  • 20 de fevereiro – Segundo o boletim médico do domingo, a cantora apresentou quadro neurológico grave e permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela também continuava em coma e intubada;
  • 21 de fevereiro – na segunda-feira, a artista seguia com quadro neurológico grave, sem sinais de instabilidade hemodinâmica, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de diálise.
  • 22 de fevereiro– Na terça, de acordo com o boletim, ela permanecia com o quadro neurológico grave inalterado, sem necessidade de medicamentos para ajuste da pressão, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de hemodiálise para ajuste da função renal. No final da tarde, os médicos que acompanhavam a cantora concederam entrevista coletiva e definiram o estado de coma dela com o nível 3 na Escala de Glasglow, que se caracteriza como o mais profundo.
  • 23 de fevereiro- O último boletim divulgado pelo hospital, no começo da tarde de quarta-feira informou que a cantora permanecia em coma com quadro neurológico grave inalterado, respirando com a ajuda de aparelhos, fazendo hemodiálise e em monitoramento contínuo das disfunções neurológica, renal e hepática. À noite, o hospital emitiu a nota de falecimento.