“O DIU SE QUEBROU EM PEDAÇOS E CHEGOU ATÉ O MEU FÍGADO”, DIZ MÃE QUE PERDEU ÚTERO E OVÁRIOS

Uma mulher de 25 anos, diz que fez uso do DIU durante 3 anos, até descobrir que ele saiu do lugar e ela apresentar sérios problemas de saúde.

A norte-americana Tanai Smith, 25, de Baltimore, nos Estados Unidos, contou sua experiência com o dispositivo contraceptivo DIU.

“Às vezes, as coisas acontecem em sua vida e você não sabe o porquê. Você se pergunta: o que eu fiz para merecer isso? Mas o que deveria estar perguntando é: o que eu posso aprender com isso? Estou finalmente contando minha história porque sinto que posso ajudar alguém”

Ela conta que 6 semanas depois do nascimento de sua filha, foi orientada pelos médicos a usar o DIU.

“Aceitei porque me disseram que era seguro e era o melhor tipo”, lembra. 

Durante 3 anos ela usou o dispositivo sem qualquer problema, até descobrir em uma consulta que ele não estava mais no lugar.

“Eles me encaminharam para dois tipos de ultrassons no mesmo dia e me disseram novamente que não viram o DIU”.

Depois de um tempo, ela começou a se sentir estranha.

“Um dia, eu estava no trabalho e comecei a sentir uma dor aguda no lado direito do estômago e a primeira coisa que surgiu na minha cabeça foi o DIU. Fui ao hospital e contei a eles o que estava acontecendo. Depois de mais exames, o médico, com um olhar estranho, disse que o DIU estava no meu estômago e que eu teria de fazer uma cirurgia”, lembra.

“No dia 13 de dezembro, fui fazer o procedimento. Tive três cortes: um sob o umbigo e um em cada lado do corpo. Eles conseguiram tirá-lo, mas disseram que o DIU se quebrou em pedaços. Disseram-me que tinha chegado até o meu fígado”, conta Tanai. Ela conta que recebeu alta “ainda sangrando”, mas os médicos disseram que era normal. No entanto, já em casa, o sangramento piorou, assim como as dores. “Fui levada para o hospital de ambulância e, quando cheguei, me levaram para a cirurgia. Eu estava com hemorragia interna. Depois da cirurgia, minha mãe foi informada de que, quando me abriram, viram que meus ovários estavam pretos e precisavam fazer uma histerectomia”, explicou.

“Entrei em choque séptico e tive que ficar na UTI por algumas semanas. Eu morri naquela mesa de cirurgia. Meus órgãos começaram a falhar. Eu estava em uma máquina de respiração e em diálise, porque meus rins não estavam funcionando direito. Tudo o que poderia dar errado deu errado”, conta.

Tanai conseguiu reagir, mesmo apresentado o quadro grave de saúde.

“Eles não achavam que eu ia conseguir. Mas com fé em Deus e as orações que todos enviaram, estou aqui hoje”, afirma.  Dois meses depois, ela finalmente recebeu alta, mas antes, teve todos os dedos do pé esquerdo e também as pontas dos dedos do pé direito amputados devido à perda de fluxo sanguíneo. Desde então, ela não conseguiu retomar sua vida. “Minha situação é perturbadora, mas sou grata por não ter perdido minhas mãos e os meus pés. Mas eu tive que desacelerar”, disse ela.

“Embora eu ainda possa satisfazer as necessidades básicas de minha filha e levá-la ao parque – mesmo que seja doloroso andar -, estou presa a muletas. Eu gostaria de saber o que deu errado. Eu nunca ouvi falar de complicações tão severas quanto as que tive. Ainda estou me adaptando à nova vida”, completou a mãe.