Para que serve a placenta e o que pode acontecer quando ela está alterada

A placenta é um órgão que só existe durante a gestação e tem diversas funções, como aconchegar o bebê dentro do útero, transferir nutrientes e oxigênio do sangue da mãe para o bebê e secretar alguns hormônios fundamentais para esta fase. Entretanto, durante a gravidez podem ocorrer alterações indesejadas da placenta, trazendo riscos e complicações para a mãe e o bebê.

As funções da placenta são:

  • Fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê;
  • Produção de hormônios;
  • Proteção imunológica do bebê;
  • Proteção do bebê contra impactos na barriga da mãe;
  • Além disso, a placenta elimina os resíduos que o bebê produz, como a urina.

Alterações mais comuns da placenta
Algumas alterações que podem afetar a placenta são:

1. Placenta prévia ou placenta baixa:

Quando a placenta recobre parcial ou totalmente a abertura interna do colo do útero, podendo impedir o parto normal. É comum a grávida ter placenta prévia no início da gravidez, mas se o problema persistir no 3° trimestre, pode causar hemorragia e parto prematuro.

2. Descolamento da placenta:

Quando a placenta se descola da parede do útero, causando sangramento e redução da quantidade de nutrientes e oxigênio enviados para o bebê. Esse problema em geral acontece após as 20 semanas de gestação e pode levar ao parto prematuro. Veja o que fazer em caso de descolamento da placenta.

3. Placenta acreta:

Quando a placenta fica presa à parede uterina, resistindo para sair na hora do parto. Esse problema pode causar hemorragias com necessidade de transfusão de sangue e, nos casos mais graves, remoção total do útero e risco de vida para a mãe.

4. Placenta calcificada ou envelhecida:

É um processo normal e está relacionado com o grau de desenvolvimento da placenta. Essa alteração só é um problema se a placenta for classificada de grau III antes das 34 semanas, pois pode causar diminuição do ritmo de crescimento do feto. Em geral, a mulher não apresenta sintomas e esse problema é identificado pelo médico nas ultrassonagrafias de rotina.

5. Infarto da placenta ou trombose placentária:

Quando ocorre trombose, que é o entupimento de algum vaso sanguíneo da placenta, causando diminuição da quantidade de sangue que vai para o bebê. Apesar de essa complicação poder causar abortos, ela também pode não causar problemas à gravidez e passar despercebida.

6. Rotura uterina:

É o rompimento da musculatura uterina durante a gravidez ou o parto, podendo causar parto prematuro e morte materna ou fetal. A rotura uterina é uma complicação rara, tratada com cirurgia durante o parto, e seus sintomas são dor intensa, sangramento vaginal e diminuição dos batimentos cardíacos do feto.

Para prevenir e identificar alterações na placenta antes do aparecimento de problemas graves, deve-se seguir as consultas de rotina com o obstetra e fazer os exames de ultrassom necessários em cada etapa da gestação. Em casos de sangramento vaginal ou dor uterina intensa, deve-se procurar o médico.

Sangramento vaginal Placenta prévia

Como a placenta é formada
A placenta é formada por tecidos do útero e do feto. O crescimento inicial da placenta é rápido e no primeiro trimestre de gestação ela é maior que o bebê. Por volta das 16 semanas de gestação, a placenta e o bebê têm o mesmo tamanho, e no final da gravidez o bebê já está cerca de 6 vezes mais pesado que a placenta.

Após a realização de um parto normal, a placenta sai espontaneamente depois de 4 ou 5 contrações uterinas, que são bem menos dolorosas que as contrações que acontecem durante a saída do bebê.

Como a placenta é formada
A placenta é formada por tecidos do útero e do feto. O crescimento inicial da placenta é rápido e no primeiro trimestre de gestação ela é maior que o bebê. Por volta das 16 semanas de gestação, a placenta e o bebê têm o mesmo tamanho, e no final da gravidez o bebê já está cerca de 6 vezes mais pesado que a placenta.

Após a realização de um parto normal, a placenta sai espontaneamente depois de 4 ou 5 contrações uterinas, que são bem menos dolorosas que as contrações que acontecem durante a saída do bebê.

Fonte: Drª. Sheila Sedicias
GINECOLOGISTA Médica mastologista e ginecologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2008 com registro profissional no CRM PE 17459.