Recém-nascida é encontrada dentro de mochila com bilhete: ‘Cuide bem dela’

Bebê abandonado

Um bebê recém-nascido foi encontrado no bairro Pereirinha, em Penápolis (SP), segundo G1.

A criança foi deixada na frente de uma casa e estava enrolada em um cobertor dentro de uma bolsa. Uma mulher estava passando pelo local e ouviu o choro do bebê.

Junto com o bebê, havia um bilhete escrito à mão:

“Olá, queria que vocês cuidassem da minha filha, pois não tenho condições de cuidar dela, pois não tenho família e nem uma casa. Ela se chama Yasmin, por favor cuide bem dela.”

A polícia informou que o recém-nascido ainda estava com o cordão umbilical. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a criança foi levada para o pronto-socorro de Penápolis e está bem.

A pessoa que deixou a criança no local poderá responder por abandono de incapaz

Cobertor que estava com a criança abandonada (Foto: Reprodução/TV TEM)
Mochila em que a recém-nascida foi encontrada (Foto: Reprodução/TV TEM)

Por que mães abandonam seus filhos?

As razões de uma mulher abandonar o filho ainda são muito debatidas e não se sabe por certo porque uma mulher faria isso. Há casos e casos, mas algumas pesquisas tentam descobrir se há um perfil predominante das mulheres que escolhem doar os filhos.

Pesquisadores internacionais descobriram que a imaturidade materna é um determinante ao abandono. Existe uma probabilidade maior de jovens adolescentes abandonarem seus filhos. Os pesquisadores também revelaram que além da pouca idade e a falta de condições econômicas, o julgamento também é um fator que influencia muito o abandono.

Segundo Freston e Freston, no Brasil, o perfil predominante de mulher que decide abandonar o filho é de “uma mulher solteira, de mais de 20 anos, de educação primária incompleta, com trabalho incerto, sem fontes maiores de sustento familiar e que engravida de uma relação eventual sem compromisso estável.” O fator econômico e familiar é determinante.

Meios legais de entregar para a adoção

Ainda há muita desinformação sobre a adoção. Muitas mulheres não procuram o serviço por terem vergonha, medo ou falta de informação. O ideal seria a própria mãe cuidar do bebê, mas há casos que isso não é possível e essas mulheres precisam conhecer as maneiras legais de entregar o bebê para adoção.

Segundo o Portal CNJ, entregar o filho para a adoção é um direito assegurado às mães e gestantes. Independente do motivo que levou a mulher a esta decisão, ela tem o direito ao “atendimento qualificado e à privacidade.”

Se a criança ainda estiver em gestação, a grávida deve procurar a Vara de Infância e Juventude para ter acompanhamento psicológico.

“Após o nascimento, a Vara de Infância e Juventude deve ser comunicada, e a mãe deverá se pronunciar perante o juiz quanto à sua renúncia ao poder familiar. Caso confirmada a entrega em adoção, a criança será cadastrada para entrega a requerente habilitado,” segundo CNJ.

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