Supere os problemas mais comuns da amamentação

Leite empedrado, leite que demora pra descer, mastite e outros problemas da amamentação têm solução

Amamentar é algo natural, porém nem sempre é simples. Muitos problemas podem ocorrer no processo da amamentação e se eles não forem tratados da maneira correta e a mãe não receber a informação adequada podem resultar no desmame precoce e prejudicar a saúde do bebê. Por isso, listamos os problemas mais comuns do aleitamento materno, que sem orientação adequada levam ao desmame precoce, e ensinamos como superá-los:

Bico do seio plano ou invertido

Caso você tenha mamilos planos ou invertidos é especialmente importante começar oferecendo os seios o quanto antes após o nascimento. Isto porque nesta fase a mama está mais macia e flexível. E lembre-se: o bebê faz a pega nas aréolas e não nos bicos. Assim, é importante focar em uma boa pega, em que o bebê consiga abocanhar toda a aréola.

Durante a gestação peça para que seu ginecologista obstetra ou pediatra examinem suas mamas a fim de avaliar se será necessário algum tipo de intervenção, especialmente se seus mamilos forem invertidos.

Leite empedrado

Diante do leite empedrado o primeiro tratamento é o aleitamento em livre demanda. Caso seu bebê não consiga mamar a quantidade de leite materno produzido, uma boa alternativa é realizar a ordenha deste leite e sempre que possível doá-lo. “Além disso, você pode realizar massagens nos seios para ajudar o leite a desempedrar e também compressas com água morna”, orienta o pediatra Moises Chencinski, criador da campanha #euapoioleitematerno.

Caso a mulher comece a desenvolver febre ou outras complicações é importante entrar em contato com o pediatra ou ginecologista obstetra.

Fissuras nos mamilos

As fissuras nos mamilos costumam ocorrer devido à pega incorreta. Veja como deve ser a pega correta aqui. “Muitas vezes o problema está no fato do bebê só pegar no bico e não abocanhar a aréola também”, explica Moises Chencinski.

Outro ponto importante é marcar uma consulta com o pediatra e amamentar diante dele, assim ele poderá apontar se há erros na pega ou não. Também é essencial manter as mamas secas, não usar sabonetes, cremes ou pomadas, essas atitudes ainda contribuem para a prevenção de fissuras. As melhores formas de tratar as fissuras é passando leite materno ao final das mamadas, banhos de sol e correção da pega.

Seios ingurgitados

De acordo com o Ministério da Saúde este problema é muito comum entre as mulheres no terceiro ao quinto dia após o parto. As mamas ingurgitadas são aquelas muito cheias de leite e que podem ficar dolorosas, com a pele brilhante, às vezes avermelhadas e a mulher pode ter febre.

Para evitar o ingurgitamento, a pega e a posição para a amamentação devem ser corretas. Veja como saber se a pega está correta aqui e as melhores posições para amamentar aqui. “Outra questão é que a mama ingurgitada pode dificultar a pega do bebê, pois a aréola não fica muito macia, por isso, a orientação é tirar um pouco de leite antes de iniciar a amamentação”, observa Moises Chencinski.

Baixa produção de leite

Nestes casos, a primeira coisa que é preciso se perguntar é: será que eu tenho mesmo baixa produção de leite? “O estômago do recém-nascido comporta apenas 5 ml por mamada, assim no início não é preciso muito leite mesmo”, afirma Moises Chencinski.

Veja quais os sinais de que o bebê está mamando o suficiente aqui. Também é importante conversar com o pediatra sobre a suspeita de que não tem leite suficiente. Caso seja constatado que você não tem leite o suficiente, a primeira estratégia é oferecer o peito com maior frequência para o seu bebê, esta atitude estimula a maior produção de leite materno. Também é essencial evitar o estresse, pois questões psicológicas influenciam muito na produção de leite.

Caso nenhuma dessas alternativas funcione, você pode, com a orientação do pediatra, complementar o aleitamento materno com a fórmula. Neste caso a melhor maneira de oferecer a fórmula é por meio da translactação.

Leite secou

Seu leite secou? Calma, até mesmo esse problema tem solução! Neste caso a translactação, chamada de relactação nestas situações, também resolve este problema.

Leite demora para descer

Seu bebê nasceu, mas nada do leite descer? Primeiro, fique calma. “Saiba que o bebê nasce com uma reserva de 48 horas e consegue aguentar este período sem o leite sair”, conta Moises Chencinski. Veja como estimular a descida do leite materno aqui.

Mastite

É um processo inflamatório ou infeccioso que pode ocorrer na mama lactante, habitualmente a partir da segunda semana após o parto. Geralmente, é unilateral e pode ser consequente a um ingurgitamento indevidamente tratado. Essa situação exige avaliação médica para o estabelecimento do tratamento medicamentoso apropriado. A amamentação na mama afetada deve ser mantida, sempre que possível e, quando necessário, a pega e a posição devem ser corrigidas.

Comentários estão fechados.