Alguns crimes cometidos podem até ter tido uma motivação, mas a maioria é baseado somente em crueldade gratuita. E é exatamente o que aconteceu com uma bebê de apenas dois meses que deu entrada em um hospital após ser agredida por uma adolescente de 14 anos e por um jovem de 22.
A menina chegou ao hospital com traumatismo craniano e os dois contaram para a polícia que ela havia caído de uma altura de 10 centímetros e se machucado sozinha.
Mas os militares acharam a versão estranha e consideraram os machucados muitos profundos para uma queda tão pequena e eles acabaram confessando o crime. Segundo um perito, a criança vinha sofrendo agressões há aproximadamente um mês e meio, ou seja, quando tinha apenas 30 dias de vida.
Casos como esse geralmente chamam atenção pela desumanidade, mas levantam uma importante questão para a qual muitos de nós precisamos estar atentos: o abuso infantil.
CODIGO
Uma pesquisa realizada pela organização social Visão Mundial, e publicada em 2018, mostra que o Brasil é líder no ranking de países com maiores índices de violência contra crianças.
A comparação foi feita com outros 12 países da America Latina, e reforça quais são os lugares onde esses abusos mais acontecem:
- Espaço público: 52%;
- Dentro de casa: 21%;
- Escola: 13%;
- Transporte público: 6%;
- Espaços religiosos: 3%.
Como descobrir os sinais?
Para proteger uma criança desse tipo de violência, é essencial saber identificar os sinais de que algo de errado possa estar acontecendo. Isso pode ser um pouco difícil, até porque muitas crianças se sentem culpadas e responsabilizadas por essas atitudes e agressões e acabam acobertando a ação do criminoso.
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Além disso, muitas passam a ser ameaçadas pelos abusadores que prometem fazer coisas com elas ou suas famílias caso contem a alguém.
No entanto, algumas mudanças de comportamento, como passar a fazer xixi na cama ou nas calças e até se tornar mais agressiva e intolerante são alguns dos sinais que podem indicar um abuso.
Mas esses ‘sintomas’ também variam de acordo com o tipo de agressão, segundo afirma o professor Richard Barth, da Universidade de Maryland.
SCrianças que aparecem com ferimentos que não conseguem explicar, por exemplo, podem ter sido vítimas de espancamento. Enquanto aquelas que estão sendo privadas de alimentação podem apresentar sonolência, falta de concentração e sinais de anemia ou outros problemas alimentares.