Aos policiais, ele contou que mordia, dava tapas e socos quase que diariamente na menina, em Itatiba (SP). Mãe adolescente contou que também era agredida pelo rapaz; caso é investigado.
O rapaz de 18 anos que foi preso e confessou ter torturado e matado a própria filha, de apenas dois meses, em Itatiba (SP), disse à polícia que cometeu a agressão após se irritar com o choro da criança.
A menina deu entrada na Santa Casa da cidade na noite de quarta-feira (6) com diversos sinais de tortura, como hematomas de mordidas, apertões, quedas e asfixias, além de algumas fraturas por todo o corpo. Adda Haile Vinceguerra Justo não resistiu aos ferimentos e morreu.
Diante dos sinais de maus-tratos, o hospital acionou a Polícia Militar. Ao ser questionado pelos policiais, inicialmente Matheus Justo de Souza apresentou várias versões controversas, mas depois confessou o crime.
Segundo a Polícia Militar, o rapaz disse que se irritava com o barulho do choro da menina e que, algumas vezes, quando brigava com a companheira, de 17 anos, também descontava na criança.
Aos policiais, ele ainda contou que dava mordidas, tapas e socos na criança quase que diariamente e de diversas maneiras, mas nunca foi denunciado pela esposa.
A adolescente, que terá a identidade preservada, chegou a ser apreendida e depois foi liberada na presença dos pais. Durante depoimento, ela afirmou à polícia que também era agredida pelo rapaz.
A jovem contou que conheceu Matheus há cerca de um ano e os dois foram morar juntos. O rapaz, conforme o registro, é usuário de drogas e ficava nervoso com situações rotineiras.
No entanto, o casal decidiu morar junto em uma casa no bairro Cecap. Na nova residência teriam começado as agressões contra a companheira.
Matheus foi preso em flagrante pelo crime de tortura seguida de morte e encaminhado para o centro de triagem de Campo Limpo Paulista (SP). Caso seja condenado, pode pegar até 16 anos de prisão. Ele passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (7) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
O caso será encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher de Itatiba, que irá ouvir novamente todos os envolvidos.