“Minha sogra ligou quando meu filho estava na UTI e disse: ‘A culpa é sua pelo bebê estar nesta situação'”

O bebê de Cláudia* foi internado e a mãe foi duramente criticada por familiares

“Comecei a ser julgada quando ainda estava grávida. Meu filho sempre foi grande e minha barriga, enorme. Sempre me diziam coisas negativas: que eu não daria conta, que abandonaria meu cachorro. Tive hiperesime grávidica. Só parei de ter enjoos no dia em que ele nasceu. Sofri muito, pois não me alimentava direito e só vomitava. Passava quatro dias tomando soro no hospital toda semana. (leia também: Licença-maternidade só começa quando bebês saem da UTI)

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Com 26 semanas de gestação, entrei em trabalho de parto dentro de um shopping. Precisei fazer repouso em casa e tomar remédio. Meu filho, que estava programado para julho poderia adiantar algumas semanas. Conseguimos segurar até a 37ª semana. Quando nasceu, ele teve uma icterícia forte e teve que ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Passou uma semana internado.

Durante esse período, mimha sogra ligou e disse: ‘A culpa é sua por ele estar nessa situação. Você mandou tirar o bebê antes do tempo em que ele tinha que nascer. Sua ansiedade deu nisso. Ainda escolheu uma médica irresponsável’. Não tive ele logo por ansiedade. Foi uma questão de saúde, dele e minha.

Além de tudo isso, no pós-parto, teve até gente postando nas redes sociais, me chamando de escrota, gorda, nojenta. Disseram que, ‘em vez de fazer filho, eu deveria fazer uma lipo'”.

*O nome foi trocado a pedido da leitora.


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