Kate, 44 anos, estava obcecada pela ideia de ter uma grande família. No entanto, ela possui um problema no útero que favorece o aborto espontâneo
O que você faria para realizar o sonho de formar uma família? Pois, uma britânica passou por 18 abortos para ter os cinco filhos que sempre sonhou. Kate Ingram Woolf, 44, de Leominster, Herefordshire, finalmente deu à luz Edith, sua caçula, há seis meses. “Fiquei obcecada em querer uma família maior. Depois de passar por 18 abortos, eu só queria continuar tentando e espero que um dia eu tivesse minha família perfeita que eu tenho agora”, disse.
Em entrevista ao Daily Mail, ela contou que o problema começou depois do nascimento dos dois primeiros filhos, Jasmine, 25 e Kristopher, 23. Infelizmente, entre 1997 e 2005, foram 15 abortos. Na época, ela chegou a fazer exames que não constataram nenhuma anormalidade. “Descobri que havia perdido um bebê com 16 semanas e essa foi provavelmente a mais difícil para mim. Eu tive que sentar em um quarto de hospital cercado por todas essas mulheres que estavam grávidas e saber que meu bebê não estava mais vivo. Foi, definitivamente, parte da razão pela qual meu primeiro casamento terminou; fiquei obcecada em engravidar e era tudo o que eu queria. Depois dos meus abortos, sofri de depressão pós-natal, apesar de nunca ter dado à luz porque meus hormônios estavam desequilibrados”, lembra.
Depois do divórcio, Kate engravidou novamente em 2005, e teve Freya, 14, sua terceira filha. Mais tarde, após o 16º aborto espontâneo, os médicos fizeram mais exames e constaram que Kate possui um útero bicorno — uma anomalia congênita em que o útero é dividido em dois lados, na parte interna, o que pode favorecer o aborto e parto prematuro. “Eu me culpei por tanto tempo, pensando que havia feito algo errado, para descobrir que esse poderia ser o motivo por trás de tudo”, diz. Em 2009, então, ela se separou de seu parceiro e teve sua quarta filha, Olivia, 10.
Em 2017, Kate casou-se com Steve, 42, e, no mesmo ano, começaram a tentar um bebê. No entanto, em um ano, ela passou por mais dois abortos. “Ficamos absolutamente arrasados, mas decidimos que tentaríamos novamente”, afirma. Quando finalmente engravidou, ela disse que precisava fazer exames a cada duas semanas para ajudar a acalmar sua mente e garantir que tudo estava bem. “Eu odiava estar grávida porque estava com tanto medo do que poderia acontecer e simplesmente não estava convencida de que era real. Meu marido Steve estava empolgado, mas eu não queria ficar muito empolgada porque não acreditava”, diz.
Após o parto, ela disse ao marido que nunca mais voltaria a engravidar. “Não acredito que Edith está aqui e saudável e agora tenho minha família perfeita com a qual sempre sonhei. Disseram-nos que Edith poderia ter diversos problemas, mas ela está perfeitamente saudável e é simplesmente incrível”, finalizou. Kate disse isso, pois bebês nascidos de mães com um útero bicorno podem ter uma chance quatro vezes maior de defeitos congênitos em comparação aos nascidos de mulheres sem a doença.