Conheça os principais sintomas de autismo em bebês!

Desde o nascimento, o bebê já pode manifestar alguns dos sintomas do autismo

O bebê pode manifestar os primeiros sintomas do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) desde o nascimento. E saber reconhecer quais são estes sintomas é essencial para o rápido diagnóstico e também para que o tratamento se inicie o quanto antes.

Entrevistamos Simone da Silva Pereira que é psicóloga especialista em análise comportamental aplicada ao autismo. Ela também é coordenadora da ONG Lar Carlos Augusto Braga (LarCAB) que trata crianças e adolescentes autistas. E ela apontou alguns dos primeiros sintomas de autismo que os pequenos podem apresentar. “Desde que nasce a gente já consegue notar algumas diferenças”, ressaltou ela.

Confira quais são estes principais sintomas a seguir. Mas antes, é importante deixar claro que nenhum destes sintomas significam que a criança necessariamente estará dentro do espectro autista. Estes sintomas apenas significam que é importante conversar com o pediatra sobre o assunto para que ele e outros profissionais investiguem o que está ocorrendo.

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Atenção aos marcos do desenvolvimento

Desde o nascimento do bebê é importante que os pais fiquem atentos aos marcos do desenvolvimento. É esperado que o pequeno faça determinadas coisas, como engatinhar, andar, falar, até uma certa idade. Caso haja atraso é essencial conversar com o pediatra sobre o assunto. “Na própria carteirinha de vacinação já vem escrito os marcos do desenvolvimento, é só olhar para esses marcos e se tiver alguma coisa diferente já é válido falar com o pediatra”, explica Simone.

O olhar do bebê

Por volta dos 3 meses de idade, os pequenos passam a acompanhar e a buscar pelo olhar do pai, da mãe e/ou de outro cuidador. Contudo, no caso de crianças com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) isto não acontece ou acontece com uma frequência menor. “Quando você for amamentar você vai perceber, a criança olha para a gente quando está mamando, o autista não faz contato visual desde pequeno”, explica Simone.

O choro da criança

O choro dos pequenos também pode ser um sintoma. “Com dois ou três meses de idade você consegue mais ou menos distinguir o choro de fome, de birra e por aí vai, no caso de uma criança que não é autista. Mas o choro do autista é sempre o mesmo, ele tem um padrão mais agudo, é um choro angustiante que descompensa até a mãe porque ela não consegue entender o que é e nada do que ela faça faz o choro cessar”, contou Simone.

Não gostar de colo

Bebês com TEA costumam não gostar muito de colo e preferir o berço. “Também costumam não ir de colo em colo, não que isso signifique que todo bebê que faz isso seja autista, mas é importante ficar atento”, observa Simone.

Demora em falar

Quando a criança demora para falar é importante investigar o que está acontecendo.Até um ano e meio é para a criança falar, que seja apenas mamãe e papai, palavras soltas…. Ainda não forma frases, mas já fala. Quando a criança não faz nem isso e já tá por volta de dois anos, não é normal, ele já devia falar mamãe ou papai. Independente se tem um diagnóstico ou não, é preciso procurar uma fonoaudióloga. Não quer dizer que a criança que não fala, isolado, é autista, isto significa que tem que investigar o que está acontecendo ”, afirmou Simone.

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O que fazer diante de uma suspeita de autismo

Caso os pais observem alguns dos sintomas de autismo na criança é essencial conversar com o pediatra sobre este assunto. “Primeira coisa é conversar com o pediatra, ai se o pediatra disser para ela que é normal e mesmo assim ela continuar desconfiada, procure um segundo pediatra, ouça a opinião dele e se ele não encaminhar fala: ‘eu vou me sentir mais segura com a avaliação de um neuropediatra’. O neuropediatra ou o psiquiatra podem fazer a avaliação”, explica Simone.

A importância de diagnosticar o autismo o quanto antes

Diagnosticar o autismo o quanto antes é importante para iniciar o tratamento o mais rápido possível. “O rápido diagnóstico é importante para começar a intervenção quanto antes. Quanto antes começar a intervenção, as terapias, mais rápido ela vai ter uma qualidade de vida melhor. Se eu já começo essa intervenção cedo, a minha criança com cinco ou seis anos estará com poucos sinais, não tem cura, mas a gente vai ter manejado aqueles sintomas. Mesmo o autismo severo, quanto antes você conseguir intervir, mais rápido você vai conseguir deixar este quadro mais leve”, conclui Simone.

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